Características: Tanto a casca como as folhas – e demais órgãos vegetais – possuem inconfundível sabor picante, e levemente entorpecente, que justifica o nome vulgar de pimenteira. Por suas qualidades ornamentais, essa espécie pode ser empregada em arborização urbana. É altamente recomendável para recomposição de áreas degradadas.

Usos: Usada na medicina popular como chá contra infecções, também é útil para pele e cabelos. A infusão vermelha, de sabor agradável é tida como útil no combate ao reumatismo. O óleo encontrado na casca da pimenteira é uma nova opção para perfumaria, pois seu aroma é suave e agradável. 

Com as mesmas propriedades da pimenta (Capsicum annuum) e da canela-da-índia (Cinnamomum zeylanicum), a pimenteira pode ser usada como condimento como substituta da pimenta-do-reino. Após secagem ao ar livre, a casca dessa espécie é usada para aromatizar e tingir a cachaça. 

Na medicina possui potenciais agentes anticâncer devido aos derivados citotóxicos (cinamodial, capsicodendrin e cinnamosmolide). O cinamodial, isolado da casca, apresenta também atividade moluscicida. 

O uso da madeira como lenha acarreta alta irritação nos olhos, devido ao cheiro de pimenta que ela exala. É usada em construção civil, em marcenaria e carpintaria. Contudo, o uso dessa madeira é limitado em função da pequena dimensão dos troncos e madeira de baixa qualidade. 

Animais correlatos: Dispersão zoocórica (realizada por animais), destacando-se o macaco-bugio (Alouatta guariba) o mono-carvoeiro (Brachyletes arachnoides). Muito procurado pela avifauna como o Guaracava-de-bico-torto (Elaenia parvirostris). 

Grau de ameaça: Menos preocupante (LC).